DIA


Dia, dia que amanhece sozinho na sua força de ser, sem licença, sem sol, às vezes sem sentido, sem vento sem brilho, sem ter aonde ir, o tempo só sabe estar, estar onde o vento passa, onde a vida foge, onde o dia corre, onde os desejos ardem, onde os corpos brigam se obrigam nos olhos aquilo que ninguém vai dizer, aquilo que anda nas cabeças, sinto no ar que se perde nesse frenético ciclo de toques sem retoques, sem grito sem silencio, esse inexplorável plano harmônico, essa soma de valores, esses infratores dos pesos desmedidos desses embalos, e aí? Onde foi o sentido? Tido como essencial, tido como principal, apenas queremos dizer, apenas queremos ser, apenas queremos entender, nossa fragilidade, nossa força, nossas mentiras, nossas palavras, que vão preenchendo o tempo, até preencher nosso tempo e não haver mais palavras ...ou tempo.


autor Lelo Camillo

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