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Mostrando postagens de fevereiro, 2007

DIA

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Dia, dia que amanhece sozinho na sua força de ser, sem licença, sem sol, às vezes sem sentido, sem vento sem brilho, sem ter aonde ir, o tempo só sabe estar, estar onde o vento passa, onde a vida foge, onde o dia corre, onde os desejos ardem, onde os corpos brigam se obrigam nos olhos aquilo que ninguém vai dizer, aquilo que anda nas cabeças, sinto no ar que se perde nesse frenético ciclo de toques sem retoques, sem grito sem silencio, esse inexplorável plano harmônico, essa soma de valores, esses infratores dos pesos desmedidos desses embalos, e aí? Onde foi o sentido? Tido como essencial, tido como principal, apenas queremos dizer, apenas queremos ser, apenas queremos entender, nossa fragilidade, nossa força, nossas mentiras, nossas palavras, que vão preenchendo o tempo, até preencher nosso tempo e não haver mais palavras ...ou tempo. autor Lelo Camillo

Não Fui

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eu não fui a noite que te adormeceu, nem o cobertor que te aqueceu. Não fui o sol da manha, não fui o teu despertar, eu fui um olhar distante, um horizonte onde a incerteza acampa, e o medo paira, um momento estranho, uma combustão de sentimentos e...Eu estou escrevendo não procurando sentido, estou escrevendo não procurando motivos, estou apenas colocando palavras no ar, palavras essas que são profundas demais pra não serem ditas, as palavras que não falam só as escritas, mas escritas martelam a mente, as escritas no livro do pensamento, e esse soberano voa sem rumos sem destinos, queria eu domina-lo, agarra-lo em sua pressa! Fragmenta-lo em sua força, e dominar EU não ele, mas o tempo é espaço, descobri que nunca estamos no mesmo espaço, é eu também gosto dessas coisas paradoxais, essas enzimas da nossa mente que povoam o espaço de palavras que correm para nossas entranhas, onde jaz um mar de palavras, por vezes inquieto, movido pelo vento interno das coisas que não podemos dizer, da

O Derramar

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O DERRAMAR E hoje você já se derramou? Já encontrou refugio nas lágrimas sinceras que molham seu rosto? Talvez você já tenha gritado, falado alto e até mesmo se desesperado, mas ainda não tenha se derramado. Em silencio, em contrição de espírito, com o coração ardente diante da chama. É preciso se derramar extravasar a alma, sentir o toque das mãos que tocam. Podes até estranhar a colocação, mas existem toques que não alcançam, não sanam a dor, não estancam a ferida. Hoje é dia de ser tocado, no corpo e na alma, é dia de alcançar o chão e tocar os céus, derramar as lágrimas no rosto e deitar-se no colo de Jesus. Derrame sua dor, chore sua alma, encontre em seu caminho. Autor: Lelo Camillo

Algumas Palavras

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Algumas Palavras Há dia e dias, nem me lembro do quanto sou ou onde estou. Talvez eu me encontre qualquer momento desses que passam, ainda não descobri, se é realmente o tempo que passa ou passamos pelo tempo, mas quem haverá de dizer? Há perguntas que jamais encontraremos respostas, é como aqueles dias que você vê a ambigüidade estampada na cara do paradoxo, meu Deus! E cá venho eu tentar dizer, expressar alguma coisa Diga, o que podem dizer as palavras? O que queremos; que elas digam? Palavras são momentos, breves conjunções passageiras que preenchem a lacuna do espaço que iludidos pensamos que existe, estamos de fatos prezo no ato, neste estranho rastro de emoções, mas o que somos, poeira? Um ponto de luz, um endereço ou talvez uma combustão de sentimentos? Um composto aglomerado de tensões e desejos, toques e beijos, flamejo da chama que arde no peito, bonitas palavras, mas à cada uma delas aumenta o devaneio e não chegamos a lugar algum, apenas nos perdemos mais, nos perdemos daqu